Ansiedade que ninguém vê: o sofrimento de quem ‘funciona bem’ por fora.
- mei-g9
- 3 de ago.
- 2 min de leitura
Acordar cedo, cumprir as tarefas, entregar tudo no prazo, ajudar os outros, parecer tranquilo, sorrir nas fotos, responder “tudo bem” sem titubear. Mas por dentro, viver em alerta. Por dentro, tem um furacão.
A ansiedade nem sempre se apresenta como crises óbvias, tremores ou falta de ar. Muitas vezes, ela se esconde atrás da eficiência. E esse é o tipo de sofrimento que mais passa despercebido — tanto pelos outros quanto pela própria pessoa.
Esse é o retrato da chamada “ansiedade de alto funcionamento”.
Quem vive assim costuma ser elogiado por ser “forte”, “organizado”, “responsável”. Mas o que ninguém vê é o custo emocional por trás disso tudo: a mente que não para, o sono que não vem, o corpo sempre tenso, o medo constante de falhar, a sensação de nunca ser suficiente — mesmo dando tudo de si.
Mas se a pessoa funciona bem, qual o problema?
O problema é que funcionar bem não é sinônimo de estar bem. Quando a ansiedade é mantida em “modo silencioso”, sem pausa e sem cuidado, ela vai minando aos poucos o bem-estar. Pode gerar esgotamento, dores físicas, insônia, irritabilidade, problemas digestivos e até crises de pânico mais pra frente.
É como correr uma maratona com o tanque na reserva: você até consegue continuar por um tempo, mas não sem consequências.
Por que isso acontece?
Algumas pessoas aprenderam, desde cedo, que precisam dar conta de tudo pra serem valorizadas. Outras têm um padrão de autocobrança altíssimo. Em comum, quase sempre existe uma dificuldade de se permitir descansar, pedir ajuda ou mostrar vulnerabilidade.
A ansiedade, nesses casos, se camufla de produtividade. E aí, ela cresce.
Como cuidar dessa ansiedade silenciosa?
Reconhecer que ela existe - Só porque você “não tem tempo pra ansiedade” não significa que ela não esteja aí, pedindo atenção de outras formas.
Praticar a auto-observação - Perceba os sinais do corpo e da mente: tensão muscular, preocupação constante, pensamentos acelerados, necessidade de controle.
Diminuir o ritmo (quando possível) - Nem sempre dá pra parar tudo, mas pequenas pausas ao longo do dia já ajudam muito.
Buscar apoio psicológicoA terapia pode te ajudar a entender as raízes dessa ansiedade e a construir formas mais saudáveis de lidar com ela.
Você não precisa esperar quebrar pra cuidar de si!
Se por fora você parece estar tudo bem, mas por dentro o cansaço e a angústia gritam, saiba: isso é real, é legítimo e merece cuidado.Não é fraqueza, não é drama — é saúde mental.E saúde mental se cuida todos os dias, com carinho, com limites e, se possível, com ajuda profissional.





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